sábado, 27 de abril de 2013

Advogado diz que agente penitenciário defendeu a honra da família ao matar o amante da esposa em Teixeira de Freitas

 
 
 
Os delegados Marco Antônio Neves e Wendel Ferreira, que assumiram as investigações do caso, estão convictos que os motivos que levaram o agente penitenciário José Antônio Carmo Pereira, 45 anos, a matar com um tiro na cabeça o presidiário do regime semiaberto Hélio da Conceição Manoel, 38 anos, foi puramente passional. De acordo com o delegado Wendel Ferreira, que preside e relata o inquérito policial do fato, está provado que o agente matou em meio a um conturbado conflito de traições.
O crime aconteceu por volta das 06h da última terça-feira (23/04), em plena Avenida das Galáxias, no bairro Bonadiman, quando o detento deixava o presídio do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF) onde só se aprisionava à noite. O autor do assassinato foi preso na manhã do dia seguinte ao crime numa operação ininterrupta da Polícia Civil. E no início da tarde desta sexta-feira (26/04), o advogado criminal Gean Prates que defende os interesses do indiciado, apresentou a arma do crime ao delegado Wendel Ferreira, um revólver calibre 38, marca Taurus.

A vítima, Hélio da Conceição Manoel, era condenado da justiça de Prado e cumpria uma pena de 16 anos de prisão por ter assassinado a própria companheira Elineura Viana dos Santos, em 30 de agosto de 2008, nas dependências de um Bar na cidade de Prado após agredi-la e lhe causar uma queda fatal ao bater com a cabeça em um paralelepípedo. Ao ser beneficiado pelo regime semiaberto, Hélio foi convidado pelo agente penitenciário para realizar um trabalho de pedreiro na sua casa no bairro Jardim Caraípe e acabou conquistando a mulher do agente e com ela estabeleceu um relacionamento desde dezembro de 2012.


Conforme o agente penitenciário José Antônio Carmo Pereira logo no início do ano de 2013, o seu filho menor de 10 anos lhe avisou que o pedreiro estava se deitando com a mãe e a filha adolescente de 16 anos e pediu ao pai que olhasse a carteira e o celular da mãe que tinham fotos e mensagens do amante. E ao verificar, constatou tais fatos, mas ambos desmentiram a ocorrência da relação. As evidências acabaram deixando o agente convicto que a esposa estava realmente lhe traindo com o presidiário.

O agente penitenciário chegou registrar um boletim de ocorrência no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, narrando tais fatos e foi aconselhado pelos companheiros e diretores que esfriasse a cabeça e procurasse uma separação amigável, ao invés de correr o risco de se complicar por causa da infidelidade da esposa. Mas a mulher terminou pedindo separação do agente e ele não aceitou e teve certeza da infidelidade da companheira e quis sua confissão sobre a relação extraconjugal.
Mas no dia do crime ao abordar o presidiário que deixava a prisão naquele momento para desfrutar do seu regime semiaberto, disse ao agente que amava a esposa dele e que iria fugir na companhia dela para viverem o amor que construíram e se o empecilho da separação de ambos fosse à existência do filho menor do casal, que ele mataria a criança para viver a sós com a esposa do agente. E segundo o autor, ao ouvir isso do amante da esposa, ele perdeu a cabeça e partiu para cima do presidiário que lhe atacou com um soco e com golpes de capoeira, fora quando correu no carro e apanhou seu revólver e atirou certeiramente na cabeça do presidiário.

Advogado Gean Prates diz que agente penitenciário defendeu a honra da família ao matar o amante da esposa
Conforme o advogado criminalista Gean Prates, que faz a defesa do acusado, a prova foi a mulher de 38 anos ter ido ao velório e chorado a morte do amante e lhe revelado que a vítima lhe proporcionou o maior prazer que ela já havia sentido na vida e o marido acabou fazendo a ingratidão de lhe tirá-lo. Segundo o advogado criminal Gean Prates, o seu cliente atuou em defesa da honra e em defesa da família, no entanto, ele está extremamente arrependido pelo que fez