quarta-feira, 3 de abril de 2013

Agentes são agredidos durante tentativas de fuga e princípio de rebelião na Unai, em Vitória

Reprodução TV Vitória


Duas tentativas de fuga dos internos e um princípio de rebelião tumultuaram o início da noite desta terça-feira (02) na Unai, no bairro Maruípe, em Vitória.
Houve quebra-quebra, alguns agentes e internos foram agredidos. De acordo com o Presidente do Sindicato dos Servidores dos Atendentes Sócio-Educativos, Bruno Menelli, a confusão durou o dia inteiro.
“Pela manhã, quando os internos foram liberados para o banho de sol, alguns adolescentes ficaram dentro do sétimo alojamento e conseguiram quebrar a porta de ferro. Nesse momento, eles começaram a gritar para abafar o som, mas graças a atitude rápida de um agente sócio-educativo, conseguimos impedir essa fuga. Á tarde, eles jogaram fogo em colchões e agrediram outros internos. Teve agente que tomou urinada no rosto”, explica.
Segundo o Sindicato dos Agentes, atualmente são 150 internos, sendo que por turno trabalham apenas 15 agentes. Depois da confusão, apenas nove servidores trabalhavam na Unai.
A unidade fica em uma área urbana, com prédios ao redor. Nos fundos está localizada a unidade de saúde do bairro, que segundo os agentes, é uma rota de fuga caso os internos consigam fugir.
Mesmo com os internos rebelados, um grupo de uma igreja de Vitória esteve no local para fazer um trabalho de oração.
“É um risco iminente que eles estão correndo, o Iases está sendo conivente com uma tragédia anunciada. É um grupo de pessoas que vai levar a palavra de Deus lá pra dentro, mas nesse exato momento, eles não são bem-vindos. Ninguém pode provar que eles não vão pegar um pai de família como refém”, afirma Bruno Menelli.
Durante a noite desta terça-feira (03), policiais militares estiveram na unidade para verificar se a situação estava controlada.
O diretor técnico do Iases, Fábio Modesto, reconheceu que a unidade está acima da sua capacidade. Segundo ele, atualmente existem 117 internos para 68 vagas. A lotação foi causada devido ao grande número de ocorrências registradas no período do final do ano e carnaval. Modesto afirmou que o Governo está fazendo parcerias para que o local volte operar com limite normal.
Sobre o trabalho dos agentes, Modesto informou que há casos em que os profissionais são deslocados para realização de audiências no interior do Estado, mas que outras unidades acabam dando cobertura neste período. Quando as audiências são encerradas todos voltam para seus postos de trabalho normalmente.