terça-feira, 16 de abril de 2013

Após protesto no Sul, Coreia faz nova ameaça


A Coreia do Norte fez novas ameaças contra a Coreia do Sul nesta terça-feira, prometendo "marretadas" de retaliação se os sul-coreanos não pedirem desculpas pelos protestos contra Pyongyang realizados no dia anterior, quando o Norte estava comemorando o nascimento de seu fundador. No entanto, para um oficial militar americano, o regime norte-coreano está apenas procurando uma maneira de arrefecer sua retórica belicosa após semanas de avisos de guerra. Na segunda-feira, o Norte retraiu suas estridentes ameaças contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul ao comemorar o aniversário de 101 anos de nascimento de seu primeiro líder, Kim Il-sung, aumentando as esperanças de um abrandamento das tensões em uma região que por semanas parecia à beira de um conflito. A insinuação de uma volta ao confronto retórico acontece depois de ofertas de negociações com o isolado Norte, vindas tanto dos Estados Unidos como da Coreia do Sul. Porém, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, disse nesta terça-feira que o Exército norte-coreano emitiu um ultimato ao Sul depois de protestos sul-coreanos na segunda-feira, nos quais retratos de líderes da Coreia do Norte foram queimados. "Nossa retaliação vai começar sem qualquer aviso a partir de agora", disse a KCNA, citando líderes militares da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), como a Coreia do Norte é oficialmente conhecida. Também nesta terça-feira, um helicóptero militar dos Estados Unidos caiu perto da fronteira com a Coreia do Norte, sem provocar vítimas, informou uma fonte do ministério sul-coreano da Defesa. O helicóptero, identificado pela agência Yonhap como um UH-60 Black Hawk, caiu no condado Cheolwon, fronteiriço com a Coreia do Norte. A causa da queda ainda não foi identificada, mas o incidente aconteceu durante manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul. A agência Yonhap afirmou que os 12 oficiais a bordo do aparelho sobreviveram ao incidente, que aconteceu em um momento de grande tensão com Pyongyang.A Coreia do Norte critica os exercícios conjuntos, que considera manobras que preparam uma invasão, e ameaçou com represálias.