terça-feira, 16 de abril de 2013

Bancada evangélica capixaba defende Feliciano em Comissão


Divulgação

Apesar de ter causado várias polêmicas e ter sido acusado de homofobia e racismo, a bancada capixaba evangélica defende a permanência do deputado pastor Marcos Feliciano (PSB) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Os parlamentares que não querem sua saída são os deputados Carlos Mannato (PDT), Sueli Vidigal (PDT), Lauriete (PSC) e o senador Magno Malta (PR).
Embora discorde das declarações de Feliciano contra os homossexuais e negros, o senador Magno Malta o defende dizendo que ele foi eleito com mais de 220 mil votos para representar um determinado setor da sociedade. "Pela pluralidade da democracia não se pode tirar ele de lá, apesar de não concordar com a postura dele", disse.
Segundo o republicano, Feliciano "fala pelos cotovelos e precisa explicar as declarações" que vem causando polêmica em todo o país. "Ele quanto mais fala, mas se complica. É preciso respeitar as pessoas, mas é legítimo ele ficar na Comissão. Tirá-lo forçado de lá é uma agressão à democracia".
Colega de partido do autor da polêmica, a deputada Lauriete, que também é membro da comissão, defende que Feliciano seja advertido pelas declarações e pelo seu comportamento. Disse que já conversou com ele várias vezes para adotar uma postura diferente, mas não é favorável à sua saída do local. "Ele está expondo não só o partido, mas também o Congresso. No entanto, respeito a democracia e ele está legitimado para estar no cargo".
Para Mannato, Feliciano foi eleito e seu cargo foi indicado pelo partido. "Ele ganhou eleição, agora algumas posições dele não comungo com elas. Se ele não pregar essas posições dentro da comissão, tudo bem. O que não pode é levar assunto pessoal para dentro da pauta. Não vou crucificá-lo. Até agora não cometeu nenhum ato na comissão. Qualquer coisa fora disso é pré-julgamento".
Já a deputada Sueli Vidigal disse que Feliciano precisa de um crédito para trabalhar e que a renúncia deve ser feita somente se houver um desejo pessoal. “Caso suas opiniões prevalecessem, aí sim caberia uma reação da Câmara dos Deputados e da população”, destacou.
Sueli disse ainda que a radicalização dessa discussão não é bom para o Brasil e para a Câmara, “até porque quem atua na comissão deve ter isenção e deixar de lado suas opiniões pessoais”.