sábado, 20 de abril de 2013

Explosões de caixas eletrônicos aumentam no 1º trimestre de 2013


Christian Rizzi/ Gazeta do Povo / Em 2012, foram 104  explosões de caixas eletrônicos
Em compensação, o número geral de ataques a bancos diminuiu no primeiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012 no Paraná. O levantamento aponta que desde o inicio do ano até o fim de março ocorreram 59 atentados a bancos enquanto que no ano passado houve 70 ataques, uma redução de 16%. Entre janeiro e fevereiro a Policia Militar (PM) deteve 25 acusados de participar desses ataques. Nos três primeiros meses do ano passado, foram feitas 47 prisões em todo o estado.O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, credita que a preferência pelo uso de explosivos nesses atentados deve-se a maior rapidez e praticidade na ação por parte dos criminosos. "O procedimento leva entre um minuto e meio e dois minutos, enquanto um arrombamento com um maçarico, por exemplo, demora cerca de doze minutos”, presume Soares. O aumento dos casos de explosões, para Soares também se deve a falta de investimento em segurança das agencias bancárias e de critérios para a instalação de caixas eletrônicos fora dos bancos.
De acordo com o presidente do sindicato, devido os ataques aos caixas muitos estabelecimentos comerciais retiraram os equipamentos causando um “desserviço à população”, nas palavras dele.
Cuidados
Quando uma explosão em um caixa eletrônico dentro ou fora de um banco for identificada é necessário ter algumas precauções para que não ocorram acidentes. O comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberson Luiz Bonbaruk, orienta que a pessoa “chame a polícia imediatamente, não se aproxime do local e se ver explosivos ou resto de explosivos não pegá-los, pois podem estar ativos”.
As medidas de segurança implementadas pelos bancos, como a obrigatoriedade do uso de biombos e a proibição do uso de aparelhos celulares nas agências, devem trazer mais segurança para os clientes. Essa é a opinião do delegado Amarildo José Antunes, que comandou a Delegacia de Furtos e Roubos no período. Para ele, porém, os usuários também devem ter alguns hábitos de prevenção (leia ao lado).
Dados
O sindicato dos vigilantes, que reúne os dados de ataques às agências bancárias, identifica no levantamento as diferentes formas de agir dos criminosos. Eles dividem a compilação de dados em explosões, arrombamentos, atentados a carro-forte, assaltos e tentativas de assaltos. Além disso, eles registram também os casos de assalto após o cliente realizar um saque, crime conhecido como "saidinha de banco".
No primeiro trimestre do ano, já foram registrados doze arrombamentos, nove assaltos e duas saidinhas de banco além das 38 explosões de caixas eletrônicos no Paraná. Janeiro foi o mês que teve mais ataques a bancos no início de 2013 com 22 atentados, seguido de 19 em fevereiro e 18 no mês de março. Na capital, foram contabilizados 16 ataques até o dia 30 de março. Entre eles, houve seis explosões, seis arrombamentos, três assaltos e uma saidinha de banco.
Segundo os dados do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, os bairros com maior incidência de ataques são o Hauer - uma explosão em janeiro e um arrombamento em fevereiro e o Campo Comprido com dois arrombamentos – em janeiro e março.