sábado, 6 de abril de 2013

Goleiro Bruno perde direito de trabalhar em presidio por indisciplina




Um ato de indisciplina motivou o governo estadual a afastar do trabalho por tempo indeterminado o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana da capital mineira, desde junho de 2010. O goleiro foi condenado, em março, a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação do corpo da modelo Eliza Samúdio, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho deles. O trabalho dentro da penitenciária ajudaria Bruno a ter a pena reduzida. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), por meio de nota, confirmou a suspensão do benefício que visa diminuir a pena imposta pelo júri popular ao goleiro pelo crime de homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio. Pelo sistema da remição de pena, a cada três dias trabalhados o detento fica um a menos na cadeia. O advogado Lúcio Adolfo, responsável pela defesa do goleiro, afirmou que foi pego de surpresa com a decisão. — Não tenho conhecimento de nenhum ato de indisciplina cometido pelo Bruno. Não sei o que aconteceu. Tudo que envolve esse processo é diferente do normal — declarou. A secretaria não revelou qual ato de indisciplina Bruno cometeu. Ele estava trabalhando na lavanderia, mas deixou de exercer a função no início deste mês por tempo indeterminado. Nesta semana, ele foi transferido de pavilhão, segundo a secretaria, por uma questão de segurança. Bruno, no entanto, continuará ocupando uma cela individual de seis metros quatros. O local tem cama de alvenaria e banheiro com chuveiro, pia e vaso sanitário. Tem ainda uma televisão de 14 polegadas e um rádio levados por parentes, o que é um direito de todos os presos. A cada 15 dias, de forma alternada, ele recebe visitas sociais e íntimas. Entre os cadastrados, sua mulher Ingrid Calheiros, a avó, as duas filhas e um tio.