Eles, juntamente com outros quatro rapazes, são suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha composta por jovens de classe média responsáveis pela venda de drogas - incluindo sintéticas - em bares, restaurantes, boates e festas raves em bairros de classe média e média-alta da capital baiana.
Os integrantes da quadrilha foram presos em suas respectivas residências no início da manhã. "Eles (Roberto e Estiven) comercializavam os entorpecentes para ganhar dinheiro para curtir em festas e comprar coisas para consumo próprio, como roupas de marca. Nada relacionado ao sustento, mas sim para satisfazer as próprias vaidades", afirmou André Viana, diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc).
Roberto é bacharel em direito e mora com os pais no bairro da Costa Azul. Estiven também tem o terceiro grau completo e reside na Pituba, com os pais. "Na semana que vem, eu tô na rua", disse um dos presos quando estava dentro do camburão, antes de ser levado para a delegacia.
Nas residências, a polícia apreendeu 15 kg de maconha prensada, balanças, R$ 9,3 mil, cartelas de ácido (o 'doce'), ecstasy, lança-perfume, estimulante sexual Pramil, uma porção de cocaína, anabolizantes, uma pistola Glock calibre 380 (com carregador e munição), duas espingardas (de calibres 12 e 32) e 36 munições para calibre 12.
Os outros presos são João Carlos Montenegro de Oliveira, 28, Rafael Matos Ramos da Silva, 30, Igor da Silva Neto, 32, e Rafael Motta Cabral, 31. Este último é apontado pelos policiais como um dos líderes.