quinta-feira, 25 de abril de 2013

Obras prometidas podem desafogar 21 gargalos da BR-116



Obras prometidas podem desafogar 21 gargalos da BR-116 Júlio Cordeiro/Agencia RBS
Uma das promessas da presidente Dilma Rousseff em sua última visita oficial ao  Estado poderá reduzir o calvário de quem é obrigado a trafegar pelos 35 quilômetros do trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo da rodovia BR-116.
Trata-se da mais movimentada e congestionada estrada gaúcha, onde sete quilômetros podem custar mais de 30 minutos em um dia normal — por culpa de 21 pontos críticos.
Passarelas e viadutos, alargamentos de pistas e abertura de passagens inferiores (pequenos túneis) estão entre as obras orçadas em R$ 330 milhões. Previstas para início em 2014, darão ares de via expressa à rodovia federal.
— O estudo que norteará a licitação ficará pronto em três meses. Acreditamos na abertura da licitação ainda no segundo semestre. Já temos a licença ambiental, o que nos poupará tempo — afirma Pedro Luzardo Gomes, diretor do Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes (Dnit).
Ele explica que os trabalhos obedecerão um cronograma que minimizará alterações no trânsito: boa parte das interrupções deve ocorrer à noite:
— Até por isso, a obra ficará um pouco mais cara e deve ser estender um pouco mais, por uns três anos.
Para o engenheiro João Hermes Nogueira Junqueira, professor de trânsito e transporte da Unisinos, o conjunto de intervenções terá um de seus pontos altos na entrada da Capital. A revitalização das avenidas Guilherme Schell (Canoas) e Ernesto Neugebauer (Porto Alegre), para atender parte do fluxo de veículos, e a construção de passagens sob pistas nos entroncamentos da BR-116 com a freeway devem reduzir os congestionamentos.
A fluidez do trânsito será mantida se também saírem os alargamentos dos viadutos da Metrovel e da Boqueirão, em Canoas.
— Com as obras, a BR-116, ainda entendida e classificada como uma Rodovia Classe 1A (com pista dupla e controle parcial de acesso), passa a ser compreendida como uma grande avenida metropolitana, com número maior de faixas e sem acostamento — avalia Junqueira.
O pacote de rejuvenescimento tem, entre as inspirações, um série de apontamentos feitos ao Dnit em 2008, durante um seminário organizado pelo Comitê de Acompanhamento de Obras de Infraestrutura Rodoviária da Região Metropolitana.
— Uma das sugestões que parece acolhida é a criação de faixas de aceleração e desaceleração para transposição de pistas, entre a BR-116 e as vias laterais. Isso evitará acidentes e congestionamentos — diz Junqueira.
Segundo Luzardo, do Dnit, a inauguração da BR-448, prevista para o final do ano, deve absorver entre 30% e 40% do fluxo da BR-116.