terça-feira, 2 de abril de 2013

Presos traficantes que usavam máquinas de cartão de crédito para vender droga a prazo em Cariacica


Reprodução TV Vitória


Quatro homens foram presos em duas casas no bairro Castelo Branco, em Cariacica. Nos imóveis foram encontrados armas, drogas, dinheiro e máquinas caça-níqueis.
A polícia apreendeu três revólveres calibre 38, uma pistola 380 e uma imitação do mesmo tipo de arma, além de munição. Os policiais também encontraram 1 kg de cocaína, 1 kg de crack, mais de R$ 4 mil em dinheiro, radiocomunicadores e até uma câmera de videomonitoramento.
O homem identificado como Elias Balbino, de 30 anos, é apontado pela PM como o chefe da gangue. “Não sou traficante não. Não pegaram nada na minha casa. Não é meu, eu desconheço. Se eu tivesse cometendo um delito, eu queria estar preso. Você queria estar preso sem cometer delito? Para eu mexer com arma, tinha que estar com arma. Para eu mexer com droga, tinha que estar com droga dentro da minha casa. Como não vou estar nervoso com uma algema dessas no meu pulso? Meu filho vai nascer e com não vou estar nervoso?”, disse revoltado o suspeito.
De acordo com a polícia, o grupo usava a filmadora para monitorar a movimentação na rua. “A câmera ficava apontada para a rua. Provavelmente ficava uma pessoa monitorando”, comentou o soldado Erly Batista.

Além da câmera, outro material apreendido que chamou a atenção dos policiais foram máquinas de cartão de crédito. Segundo eles, elas eram usadas pela quadrilha para vender drogas a prazo.

“Aquelas pessoas que não tinham dinheiro na hora para comprar o entorpecente, eles faziam o uso da máquina de cartão de crédito e possivelmente, dividiam”, disse o policial.
Na quinta-feira passada, a polícia prendeu outros onze supostos integrantes da mesma quadrilha nos bairros Castelo Branco e Juscelino Kubstichek, também em Cariacica. Em poder deles foram apreendidas oito armas e drogas. A suspeita é de que o grupo seja maior.
“Provavelmente, eles são de uma mesma gangue de tráfico de drogas. Como o tráfico de drogas é muito extenso, eles têm ramificações em outros bairros”, completou o soldado Erly Batista.